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Embedded finance: por que esta tendência está virando realidade?

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A oferta de produtos e serviços financeiros para consumidores e empresas está deixando de ser uma realidade somente dos bancos e fintechs. Com o avanço do BaaS (Banking as a Service) e do embedded finance (finanças incorporadas, na tradução livre), decorrentes principalmente dos avanços regulatórios e tecnológicos verificados nos últimos anos, empresas dos mais variados segmentos estão sendo estimuladas a entrar nesse jogo. 

Esse movimento acontece em um cenário no qual os consumidores estão cada vez mais exigentes, amparados principalmente pelo avanço do digital, com maior facilidade para lidar com as suas finanças.  Na esteira do digital, tais consumidores desejam, de forma simples, promover transações diversas como o pagamento de contas, obtenção de crédito e/ou a contratação de outros produtos financeiros, e não pensam duas vezes em trocar de fornecedor. 

Na outra ponta desta relação estão as empresas que buscam oferecer novos produtos e alternativas como forma de aprofundar e monetizar o relacionamento com seus clientes. Nesse sentido, o BaaS e o embedded finance têm sido importantes aliados nessa jornada. 

Isso porque, enquanto o BaaS traz um conjunto de soluções que permitem uma empresa fora do setor financeiro disponibilizar serviços financeiros sem precisar ser uma instituição financeira, de fato, o embedded finance representa a forma de integrar este conjunto de soluções ao seu portfólio de produtos ofertados. 

O embedded finance está se tornando um negócio cada vez mais promissor, segundo o estudo Next-Gen Commercial Banking Tracker, de 2021. O levantamento apontou que ele atingirá, mundialmente, US$ 7 trilhões nos próximos 10 anos. E o BaaS também segue nessa linha, chegando a uma receita global de US$ 12,2 bilhões até 2031, de acordo com a Future Market Insights. 

Exemplos de empresas que já adotaram o embedded finance não faltam. Entre elas está o iFood, Ambev, 99, entre outras, que além de oferecer serviços de delivery de comida, passaram a disponibilizar uma conta corrente para seus usuários. 

Embedded finance e BaaS: novos horizontes para fintechs, bancos e varejistas 

O embedded finance abriu novos horizontes de mercado tanto para as fintechs, principalmente aquelas ligadas ao crédito, quanto para os bancos. As primeiras disponibilizam soluções que se conectam a diversos tipos de plataformas das empresas por meio de APIs – sejam varejistas, PMEs, entre outras – que se integram a elas e, consequentemente, às necessidades dos clientes. 

E para os bancos, o BaaS permite que elas “aluguem” a sua infraestrutura também para fintechs, PMEs, companhias de telecom ou varejistas que queiram realizar operações financeiras, mas que não desejam ser um banco em sua essência. Além disso, aumenta a capacidade desses gigantes do setor financeiro de escalar de forma lucrativa no mercado de massa, estimulando a inclusão financeira. 

Marcas varejistas de diversos segmentos ao redor do mundo estão inserindo, em suas plataformas, diversos tipos de produtos e serviços – carteiras digitais, contas correntes, contas digitais, crédito, seguro, empréstimos, entre outros – o que ajuda a criar um ecossistema robusto de soluções que mantém o cliente próximo delas. 

Na prática, uma companhia de varejo, ao agregar soluções financeiras em seu portfólio, tem nas mãos uma grande oportunidade de bancarizar os consumidores. Além disso, pode também fazer parcerias com empresas como aplicativos de entrega ou de mobilidade, disponibilizando a eles uma cesta muito maior de soluções que atendem diversas necessidades da sua vida. 

Para o setor, o embedded finance é promissor. Um estudo divulgado pela Deloitte no fim de 2022 projetou que setores como o varejo, por exemplo, podem capturar mais de R$ 24 bilhões ao ano em receita nos próximos cinco anos se adicionarem serviços financeiros às suas plataformas. 

Quais fatores estão estimulando o crescimento do embedded finance no Brasil? 

Três fatores foram determinantes para o crescimento do embedded finance. O primeiro deles diz respeito à evolução da regulação da prestação de serviços financeiros, até então considerado um mercado tradicionalmente fechado. Nos últimos anos, o Banco Central do Brasil abriu a concorrência, por meio do Open Finance, e criou diversas alternativas para criar mercado para os novos entrantes que estavam chegando. 

O Open Finance possibilita, dentre outras oportunidades, que os dados dos clientes – compartilhados com sua autorização – circulem entre as instituições autorizadas a participar desse ambiente, destravando ainda mais potencial para o embedded finance. Ou seja, amplia o acesso às informações e a possibilidade de criar novas ofertas aos usuários. 

Outro aspecto diz respeito à tecnologia, que foi se tornando mais acessível. Para criar uma operação digital eram necessários muitos recursos, o que tornava essa estrutura inviável para quem quisesse oferecer os serviços financeiros.  

E, por fim, o surgimento desses prestadores de serviços, que dominam a expertise tanto no âmbito regulatório como tecnológico, possibilitou essa transformação. 

Embedded finance e Open Finance: quais as soluções para as empresas? 

A evolução do Open Finance relacionada ao embedded finance permite tornar o ecossistema financeiro ainda mais completo, acessível e disponível aos usuários. As análises de crédito estão se tornando cada vez mais ágeis, possibilitando que as ofertas de produtos nesse sentido sejam mais assertivas, de acordo com o perfil – desenhado de forma mais profunda graças aos dados – e demanda de cada cliente. 

Com o acesso a um leque de dados mais amplo e em tempo real, as companhias conseguem ter acesso a um raio-x mais amplo da saúde financeira do cliente. É possível visualizar o fluxo de entradas e saídas e hábitos de consumo, o que permite fazer um score de crédito mais assertivo e a verificação de renda – e, com isso, reduzir o risco de inadimplência. 

Na gestão de finanças pessoais, que envolvem aplicativos como carteiras digitais, por exemplo, os agregadores de dados conseguem se conectar às instituições financeiras para juntar dados e analisá-los usando motores analíticos e inteligência artificial, fornecendo insights importantes para os clientes conseguirem ter uma visão mais clara sobre como estão cuidando do seu dinheiro. 

Esses insights são capazes de trazer projeções como a previsão de vencimentos de débitos futuros, saldos remanescentes nas contas, categorizar transações e identificar eventos relevantes da jornada financeira do consumidor. Além disso, os consumidores podem receber recomendações de investimentos, de acordo com seu momento de vida e objetivos. 

A força do embedded finance por setores 

  • Embedded Payments: as empresas conseguem facilitar as compras com o pagamento sendo feito dentro do aplicativo da empresa prestadora do serviço, com poucos cliques. 
  • Embedded Credit: o serviço está ligado à facilidade de acesso ao crédito ou a empréstimos na hora de pagar uma compra, sem ter que recorrer ao aplicativo do banco. Nesse sentido, o modelo mais utilizado é o Buy Now, Pay Later (BNPL). 
  • Embedded Insurance: tem uma dinâmica semelhante ao acesso ao crédito. As empresas conseguem vender seguros diretamente para o consumidor sem a necessidade de entrar em contato com uma seguradora.  

Soluções de embedded finance disponíveis 

Com o intuito de auxiliar as companhias a ingressar no universo do embedded finance, a klavi oferece dois produtos que podem fazer parte dessa jornada:  o klavi Ki, que permite acessar conta de pessoas físicas e jurídicas, corretoras de investimento e gig economy – sempre com o aceite do usuário – extraindo, analisando e transformando dados brutos em analytics e insights valiosos instantaneamente. 

Atualmente, a klavi já processou mais de 400 milhões de transações – com um índice de 92% de precisão – e realizou mais de 4 milhões de conexões em mais de 30 instituições financeiras.  

Já o klaaS, solução de analytics as a service, voltada para as instituições que já participam do Open Finance, processa as informações em tempo real, faz a limpeza dos dados, padronização, categorização, análise e também gera insights, por meio de algoritmos proprietários. Isso permite que a companhia atue de forma estratégica e ofereça produtos e serviços cada vez mais personalizados. 

Futuro do embedded finance 

A pandemia mudou a forma de fazer negócios, tornando a era digital cada vez mais realidade. De acordo com uma pesquisa feita em 2021 pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento com mais de 13 mil pessoas, 60% delas afirmaram preferirem ser atendidas por meio de um canal digital. 

Com esse cenário, juntamente com o crescimento significativo das fintechs, bancos digitais e empresas tecnologia, o embedded finance mostra que não deve perder força nos próximos anos, já que traz benefícios tanto para os consumidores – com serviços personalizados e facilmente acessados – e crescimento para as companhias. 

Se você quer trabalhar os dados que sua empresa coleta e adicionar valor a eles, entre em contato com o nosso time e saiba mais sobre todas as soluções que oferecemos para o mercado. 

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